Juiz federal chega ao Cocó para tentar intermediar acordo

O juiz federal Kepler Ribeiro chegou há pouco ao local para tentar um acordo. Ele conversou há pouco com o comando do Batalhão de Choque e agora está falando com os manifestantes. O juiz informou que vai tentar uma intermediação para que não haja nenhuma violência na desocupação. Atualizada às 15hmin Integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Ceará (OAB-CE) e da Rede de Advogados Populares (Renap), além dos vereadores João Alfredo (Psol) e Toinha Rocha (Psol) negociam neste momento com o comandante da operação policial. O procurador Oscar Costa Filho chegou ao local. Segundo ele, o Ministério Público vai tentar entrar com mandado de segurança ou pedido de habeas corpus em Brasília. Porém, ele ponderou que as decisões na esfera federal demandam tempo. Com isso, a desocupação deve mesmo ocorrer ainda nesta sexta-feira, 4. Atualizada às 14h40min Há cerca de 15 minutos, a AMC realizou bloqueios no encontro das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, e também nas ruas adjacentes, um pouco antes do viaduto que passa pela Santos Dumont. Os desvios estão sendo feitos por ruas alternativas. Apesar da interdição, não há engarrafamento no local. Atualizada às 13h52min A força policial chega ao Cocó, com cerca de 15 motos e uma viatura do Raio. Por volta de 13h15min os manifestantes foram oficialmente notificados a desocupar a área. Com isso, eles têm até 15h15min para deixar o local. Há pouco, um grupo de dez integrantes do movimento indígena chegou ao local e se juntou aos acampados. Após rumores de que policiais poderiam chegar pela retaguarda, manifestantes fizeram uma barricada com tapumes.  
                Reunião Pela manhã, durante reunião de conciliação na sede da Justiça Federal no Ceará. o juiz Kepler Ribeiro informou que, após a notificação, os acampados terão duas horas para deixar o Parque. O grupo está acampado no encontro entre as avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior e é contra a construção de viadutos no trecho local – obra que a Prefeitura pretende executar. Em plenária no acampamento, o grupo decidiu que vai haver resistência à desocupação. O juiz Kepler afirmou que gostaria de dar mais tempo, mas disse que isso não é possível, uma vez que já há decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) determinando a desocupação e a retomada imediata das obras. O procurador Oscar Costa Filho disse que vai haver “repressão institucionalizada gratuita”, uma vez que ainda há uma ação na Justiça questionando o mérito da obra. O vereador João Alfredo (Psol) e o procurador Oscar Costa Filho pedem mais tempo. Além disso, ambos deram “palavra de honra” de que fariam o possível para que a saída ocorra com tranquilidade. João Alfredo, no entanto, ponderou que não podia “garantir nada”, uma vez que todas as decisões no acampamento ocorrem em Assembleia. Além disso, ele ressaltou que a reunião não resultou em nenhuma garantia prática de que não haverá uso da força durante a operação. Por sua parte, o comandante do policiamento especializado, coronel Soares, disse que é contrário à violência e que a ação deverá ser pacífica por parte dos policiais. Pouco antes, Oscar Costa Filho havia pedido para que a desocupação fosse feita pela Polícia Federal, mas o superintendente da PF informou que a Polícia Militar é que ficaria responsável pela ação. A primeira desocupação na área ocorreu no dia 8 de agosto, em ação da Guarda Municipal que resultou em violento conflito. Mais informações em instantes.
Com informações do repórter Carlos Mazza do O Povo Online
Zeudir Queiroz

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