O Ministério Público faz, hoje, a partir das 9h, um seminário para discutir o enfrentamento à violência contra o idoso
O estado da lavadeira Maria Batista Campelo, 63, vítima de tentativa de homicídio, na madrugada de quarta-feira (12), é grave. Seu filho, Paulo Roberto Campelo, 35, ateou fogo na rede onde ela dormia porque a idosa não quis dar dinheiro para que ele comprasse droga.
Crimes desse tipo chocam e demandam medidas urgentes de proteção ao idoso. Entretanto, a agressão física não é o único tipo de violência cometida contra essas pessoas: uso de palavrões, negligência, tortura psicológica e abuso financeiro são outras agressões que a população mais velha pode sofrer. Para punir quem desrespeita o Estatuto do Idoso, uma delegacia específica para o atendimento a estas pessoas tem previsão de ficar pronta, na Capital, em 2014.
Polícia
Com a crescente quantidade de denúncias que envolvem maus-tratos contra idosos, a Polícia Civil reconhece a necessidade de uma estrutura que atenda de maneira satisfatória essa demanda. A ideia de criar a delegacia do idoso não é de agora. Ainda em 2011, já falava-se sobre essa urgência, conforme explica o chefe de gabinete da Polícia Civil, Antônio Castelo Bastos. “O que sabemos, a priori, é que a delegacia, por ser específica, vai contar com uma equipe maior de pessoas e melhores condições físicas e estruturais. Estamos trabalhando no projeto para que fique pronto em 2014, antes da Copa do Mundo”, disse Bastos.
Enquanto isso não acontece, conforme o chefe de gabinete, o 3º Distrito Policial, no bairro Otávio Bonfim, está recebendo os casos e analisando como prioridade. Contudo, na visão da promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (Caocidadania), Edna da Matta, o Distrito não consegue atender satisfatoriamente a quantidade de demandas. Para discutir o tema, o Ministério Público do Estado realiza, hoje, na Procuradoria Geral de Justiça, um seminário para discutir o enfrentamento à violência contra o idoso. O evento começa às 9h, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça.
Somente o Ministério Público, entre 2006 e 2012, houve, em Fortaleza, 4.287 atendimentos de casos de idosos vítimas de violência. Em 2012, 949 processos foram instaurados nas sete Promotorias de Justiça do Idoso, um salto de 30,5% em relação a 2011. Entre 2006 e 2012, o quantitativo foi de 3.273 processos.
Fonte: Diário do Nordeste
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