Desde a madrugada da última quinta-feira, 12, quando houve a maior chacina da história do Ceará, com 11 mortes na área da Grande Messejana, uma sensação de insegurança vem se espalhando por Fortaleza.
A reverberação do medo se dá tanto por meio de acontecimentos recentes – a exemplo do ataque a um quartel da Polícia Militar e o incêndio de uma viatura da Polícia Civil – como pelas mensagens de supostos ataques a hospitais e escolas, além de toques de recolher compartilhadas amplamente nas redes sociais.
No intuito de trazer maior sensação de segurança ao fortalezense, o Deputado Estadual Capitão Wagner (PR) revelou em entrevista ao O POVO Online, por telefone, que deu entrada em um requerimento solicitando ao governador Camilo Santana (PT) a presença da Força Nacional de Segurança Pública para apoiar a Polícia na Capital cearense.
“O apoio da Força Federal fará o cidadão se sentir mais tranquilo na rua. Não é por não acreditar na polícia cearense”, ressalta o deputado, que critica a forma como a Segurança Pública vem sendo conduzida pelo Estado.
“Desafiar a Polícia não ficou só no discurso. O crime declarou guerra ao Estado e o Estado tem sido muito inerte. A tragédia vista em Paris acontece aqui a cada 10 dias”, diz.
Ainda segundo o capitão Wagner, ao contrário do que foi prometido durante a campanha eleitoral do governo, não foram realizados investimentos na área da Segurança Pública, mas houve sim um corte de 20% dos recursos da pasta.
Segundo ele, é necessário que todos se unam para pôr em prática um plano para reduzir o número de homicídios, independente de questões políticas.
“Estamos precisando resolver um Plano de Segurança que o Ceará não tem. A tropa está querendo trabalhar mas não há um alicerce. É necessário dar mais força ao policial cearense”, reclama.
Medo
Quanto à sensação de insegurança implantada na Cidade, o capitão diz que há mensagens que são compartilhadas nas redes sociais apenas com o intuito de ampliar o medo.
“Há um superdimensionamento de mensagens sim. Algumas são mais para aterrorizar, como aquelas de ataques a escolas e hospitais. Ninguém precisa deixar de trabalhar, de ter o dia a dia normal”, afirma o capitão. Ele, no entanto, também pede que as mensagens não sejam desconsideradas, pois “se os policiais são vítimas, imagine o cidadão comum”, ressalta.
“Clima de terror”
Na tarde desta segunda-feira, 16, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) insinuou interesse de pré-candidato com a violência, após gerar um “clima de terror”, mas o deputado rebateu a acusação, afirmando que há interesse de “político cearense que quer ser Presidente e não tem projeto para apresentar”.
Fonte: O Povo
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