Cachorra é arrastada por carro amarrada pelo pescoço

Uma viatura do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente esteve no local e conduziu o indivíduo para a delegacia do 13º DP

Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um policial militar de folga aborda um homem suspeito de maus-tratos contra uma cachorra, na BR-116. O agente prendeu em flagrante o indivíduo de 53 anos, no bairro Aerolândia, em Fortaleza.

Cachorra é arrastada na BR-116

Na ocasião, o agente estava em sua motocicleta, quando visualizou um veículo em movimento pela BR-116 com o animal pendurado pelo pescoço e arrastando as patas pelo asfalto da rodovia. O policial militar interceptou o veículo e solicitou uma equipe de apoio. Uma viatura do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) esteve no local e conduziu o indivíduo para a delegacia do 13º Distrito Policial (13º DP), unidade plantonista da Polícia Civil do Ceará. “Na unidade policial, o homem foi autuado em flagrante pela Lei de Crimes Ambientais, especificamente por maus-tratos contra animal, e por violação dos artigos 44 e 45 da Política Estadual de Proteção Animal (Lei Nº 17.729/21). Agora, ele encontra-se à disposição da Justiça. A cadela foi encaminhada a uma organização não-governamental (ONG), e a autoridade policial expediu um ofício para que um médico veterinário faça uma perícia no animal”, informou a PM. O que diz a Lei de Crimes Ambientais: Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, resulta em pena de detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, resulta em pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.

O que diz a Política Estadual de Proteção Animal (Lei Nº 17.729/21):

Art. 44. Especificamente quanto ao transporte de animais, é vedado no Estado do Ceará: I – fazer viajar um animal a pé ou obrigá-lo a trabalhar além da sua capacidade, que configure atos de abuso ou maus-tratos, em ambos os casos, sem provê-los de descanso adequado, água e alimento; II – conservar animais embarcados em pé ou deitados por mais de 6 (seis) horas, sem água e alimento, ficando a cargo dos transportadores, pessoas físicas ou jurídicas, prover esses animais de água e alimentação; III – conduzir animais, por quaisquer meios de locomoção, inclusive a pé, colocados de cabeça para baixo, de mãos ou pés atados, amontoados ou de qualquer outro modo que lhes produza sofrimento ou estresse; IV – transportar animais em cestos, gaiolas ou veículos sem as proporções necessárias ao seu tamanho e número de cabeças, ou em meios de condução que não impeçam a saída de qualquer membro do animal; V – transportar animais fracos, doentes, feridos ou que estejam em período gestacional avançado, salvo em casos de assistência veterinária; VI – transportar animais de qualquer espécie, sem condições de segurança para quem os transporta. Parágrafo único. A vedação referente ao inciso II não se aplica nos casos dos animais destinados ao abate e do transporte de animais reabilitados para repatriação.

Art. 45. O deslocamento de animais deve ser realizado, preferencialmente, em horários com temperaturas mais amenas, evitando assim o estresse térmico. Parágrafo único. Todo veículo de transporte e o responsável legal dos animais deverão oferecer as condições de proteção e conforto adequados.

Cachorra é adotada por agentes em Jardim, no interior do Ceará

A cachorra Berenice, de 1 ano e 6 meses, foi acolhida por policiais civis da Delegacia Municipal de Jardim, no interior do Ceará. Ela é a nova funcionária da unidade e o xodó dos agentes de segurança do município.

Fonte: https://gcmais.com.br/

Zeudir Queiroz

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