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Com a instalação, estatísticas de acidentes seriam geradas. Órgão também quer reforçar equipes de sinalização
Para evitar acidentes e mortes, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) apresentou, na manhã de ontem, o Plano de Ações para a Redução de Acidente (Pairat). Segundo o chefe do Núcleo de Trânsito da AMC, Arcelino Lima, o primeiro passo será montar uma sala de situação, que servirá como suporte para monitoramento das vias da cidade. Lá, serão geradas estatísticas das ruas onde acontece o maior número de acidentes e bairros onde são registradas mais infrações de trânsito.
Somente de janeiro a agosto deste ano, o IJF registrou a entrada de 11.196 vítimas de acidentes de trânsito, número que evoluiu Foto: Alex Costa
“Dessa maneira, saberemos onde temos que agir, fazer mais blitze, sinalizações verticais e horizontais, ter um controle sobre o trânsito”, explica Lima.
Ainda segundo ele, outra estratégia é o reforço das equipes responsáveis pelas sinalizações das vias. Hoje, oito grupos colocam placas verticais e fazem a sinalização horizontal nas ruas da Capital. Lima afirma que esse número deve aumentar para 12. Outra novidade será, de acordo com o órgão, a instalação de 20 novos semáforos em cruzamentos perigosos da cidade até o fim deste ano.
Mais blitze
Para fortalecer a fiscalização, a AMC promete o aumento das blitze na cidade, passando de uma por dia para duas. “Já elaboramos uma estratégia e, inicialmente, vamos começar a intensificar a fiscalização na Aldeota e no Centro”, diz Arcelino Lima. Em contrapartida, não há uma expectativa no aumento do efetivo, que apresenta, atualmente, um déficit de 366 agentes.
O Pairat deve ser feito em parceria com o Projeto Vida no Trânsito, do Ministério da Saúde, que, ainda neste ano, deve enviar uma verba de R$ 250 mil para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) utilizar em programas e projetos que reduzam os acidentes de trânsito na Capital.
Diante das promessas da AMC, o promotor de Justiça do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização, Acompanhamento e Políticas de Trânsito (Naetran), Antônio Gilvan Melo, ressaltou que sentiu falta de projetos que possam atuar diretamente na redução de acidentes. Segundo ele, o aumento do número de blitze não é a solução. “O que resolve é educação, conversa com motoristas e a presença de agentes nas ruas inibindo infrações”, acredita.
De janeiro a agosto deste ano, o Instituto José Frota (IJF) registrou a entrada de 11.196 vítimas de acidentes de trânsito. Em igual período do ano passado, a unidade ainda recebeu 9.415 vítimas, ou seja, um crescimento de 18% em um ano. Os acidentes de moto são maioria. Somente neste ano, eles representam 57% do total.
Realidade
18% foi quanto cresceu o número de casos de acidentes de trânsito atendidos no IJF entre 2011 e 2012. Do total, 57% das ocorrências envolviam motos
via Diário do Nordeste