Cinco acusados de participarem da chacina que matou e degolou três mulheres no bairro Vila Velha serão levados a júri popular. Francisco Robson de Souza Gomes “Mitol”, Jeilson Lopes Pires, Jonathan Loes Duarte, conhecido como “Joninha”, “Dioninha” ou “Mobilete”, Júlio César Clemente da Silva, o “Léo Bifão”, e Rogério Araújo de Freitas, o “Chocolate”, responderão por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel e uso de meio que dificultou a defesa da vítima. Responderão ainda por destruição e ocultação de cadáver, participação em organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo.
A denúncia do Ministério Público do Ceará (nº 0115894-52.2018.8.06.0001), aponta que no dia 2 de março deste ano, por volta de 13h40min, no Manguezal do bairro Vila Velha, em Fortaleza, o grupo planejou e participou das mortes das vítimas Darcyelle Ancelmo de Alencar, Ingrid Teixeira Ferreira e Nara Aline Mota de Lima.
Ainda segundo o MP, as vítimas moravam juntas e estavam na residência localizada na Barra do Ceará. Após ameaças feitas por Bruno, Jeilson, Jonathan, Júlio César e Rogério, as três foram levadas para o mangue no bairro Vila Velha. Francisco Robson de Souza Gomes “Mitol”, mesmo preso, em sua posição de comandante da facção, é acusado de articular o crime a distância.
“Diante dos vídeos, dos depoimentos narrados e dos laudos cadavéricos (onde se vê que os corpos foram mutilados) merece ser apreciada pelo conselho dos sete a qualificadora do meio cruel. No que se refere à qualificadora de utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, os elementos de prova reunidos, durante a tramitação do inquérito policial e também em juízo, dão ensejo a esta hipótese visto terem sido as vítimas conduzidas por várias pessoas a local de difícil acesso”, afirmou o magistrado ao decidir que os réus irão a júri, no último dia 12 de novembro.
As três vítimas foram torturadas, degoladas e tiveram os corpos mutilados. A motivação do crime seria a Nara Aline ser integrante ao Comando Vermelho (CV) e os denunciados pertencerem à facção rival dos Guardiões do Estado (GDE). Já as outras duas foram mortas por estarem acompanhadas de Nara.
Os réus filmaram toda a ação homicida e, segundo informações do inquérito policial, o autor intelectual Mitol ordenou que fosse feito um vídeo islâmico, com referência aos vídeos gravados pela organização terrorista Estado Islâmico, os quais mostram execuções atrozes de diversas pessoas.
Fonte: O POVO Online
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