Estudantes recolhem água para vítimas da seca no Ceará

  De acordo com um dos organizadores, Reginaldo Correia, o objetivo do projeto é amenizar o sofrimento de quem se viu sem condições de sobrevivência depois de um inverno ruim. A expectativa é juntar o máximo possível de alimentos não perecíveis, água mineral, roupas e produtos de higiene. Começa na universidade, mas não fica restrita a ela. “Qualquer pessoa pode contribuir. Queremos fazer também com que a própria sociedade se envolva nessa iniciativa para que todos possam melhorar”, afirma o estudante do sétimo semestre de História da Universidade Federal do Ceará (UFC). A ideia, segundo ele, é que o ambiente acadêmico seja não apenas propício ao desenvolvimento profissional e intelectual, mas também motor de transformação social. “Nós queremos contribuir com a sociedade cearense”, conclui. Desde o último dia 26 até hoje, o Centro Acadêmico de Medicina, na Unifor, virou posto de arrecadação. Depois, é a vez, entre os dias 3 e 7 de dezembro, do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE) fazer às vezes de posto de coleta. Entre os dias 10 e 14 de dezembro, encerrando as atividades, os campi do Benfica, do Pici e do Porangabussu, da UFC, ficarão com o papel de receber as doações. Os estudantes, aglutinados pelo Movimento Estudantil Alfa e Ômega, têm colaboração da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que levarão o material das contribuições às famílias carentes. Parte dos alimentos, roupas e produtos de higiene deve ser destinada ainda à Casa do Oleiro, instituição que recupera dependentes químicos em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ainda deve ser decidido quais cidades, entre as 174 que estão em estado de emergência, deverão receber as doações.   Por quê ENTENDA A NOTÍCIA   O Ceará enfrenta uma das piores secas de sua história. A falta de chuvas este ano fez a perda de safras em algumas regiões chegar a níveis quase totais. Uma mobilização da sociedade civil pode ajudar a amenizar a situação árida.   Saiba mais O Movimento Estudantil Alfa e Ômega vem dos Estados Unidos. Fundado por lá em 1951, teve na Universidade da Califórnia sua primeira casa. O iniciador, o doutor Bill Bright, tinha a ideia de que os estudantes tivessem uma vivência não apenas profissional, mas também espiritual na universidade. No Brasil chegou na década de 1970 e, no Ceará, nos anos 1990 com missionários canadenses. Serviço   Semana de Solidariedade Alfa e Ômega (SSOME+) Saiba onde você pode fazer doações:   Na Unifor Quando: de 26 até 30 de novembro Onde: Centro Acadêmico de Medicina (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz) Na Uece e no IFCE Quando: de 3 até 7 de dezembro Onde: No Centro de Humanidades da Uece (Av. Luciano Carneiro, 345); no DCE do IFCE (Av. 13 de Maio, 2081, Benfica) Na UFC Quando: de 10 a 14 de dezembro Onde: na Biblioteca de Ciências Humanas. (Avenida da Universidade, 2683, Benfica) Do O Povo