Estrangeiros no Ceará farão negócios durante a Copa

As empresas que receberão visitantes estrangeiros são das áreas de granitos, frutas, têxtil, calçados e consultoria
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Mais de 130 empresários estrangeiros estarão no Ceará a partir do próximo sábado (14) e a agenda deles, diferentemente da maioria que vem do exterior, não é só destinada aos jogos do Mundial de futebol. Eles vêm para conhecer parceiros financeiros, fechar, e prospectar negócios com 12 empresas cearenses, segundo informou a promotora destes encontros, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “A nossa meta este ano é ultrapassar os US$ 3 bilhões entre exportações e investimentos atraídos com a Copa das Confederações, o que é completamente factível, afinal, a Copa do Mundo possui uma agenda maior e atrai bem mais público”, declarou o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Ricardo Santana, ao falar do chamado Projeto Copa do Mundo. Ao todo, são esperados 2.300 compradores, investidores e também formadores de opinião estrangeiros entre 12 de junho e 13 de julho – data de início e término do Mundial -, a partir da “parceria com mais de 700 empresas e entidades setoriais brasileiras”. Para as seis partidas que serão realizadas na Arena Castelão, em Fortaleza, o número de 133 convidados foi fechado apenas para as duas primeiras, entre os dias 14 e 17 de junho, quando jogarão, respectivamente, Uruguai versus Costa Rica e Brasil versus México. Em 12 jogos que acontecerão em São Paulo, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, a Apex-Brasil informou que “vai oferecer um ambiente de hospitality nos estádios, preparado para estimular o diálogo e permitir qualidade e tempo de interação entre empresários brasileiros e estrangeiros, diferentemente do que acontece em reuniões convencionais”. Segmentos interessados Destes 133 convidados pela Apex para vir ao Ceará, são esperados empresários estrangeiros dos setores de alimentos, fármaco-químico, máquinas de equipamentos (foco em alimentos e construção), além de instrumentos musicais e móveis, conforme indica a agenda anunciada pelo diretor de Negócios. “Além da questão financeira, temos que considerar o ganho de imagem do Brasil e demais estados como o Ceará no exterior. O desdobramento deste projeto fica até difícil de avaliar em termos de ganho”, destaca Ricardo Santana. Entre as 12 empresas que possuem unidades fabris ou mesmo sede no Estado e que anunciaram a participação no Projeto Copa do Mundo e receberão visitantes de fora do País, estão a Agrícola Famosa (exportadora de melões), Paquetá (calçados), Vicunha (têxtil), a MX Trading (consultoria em comércio internacional), a Granos Granitos S/A e a Grendene. Expectativas “Essa iniciativa da Apex deve nos ajudar a trazer parceiros comerciais para conhecer nossa produção e também a atrair e fidelizar novos, pois todos que virão estão certos de fechar negócio”, garante o diretor de exportação da Granos Granitos, David Silveira, ao lembrar que os mexicanos e canadenses que virão conhecer a produção de pedras ornamentais da empresa cearense em Caucaia devem fortalecer os laços comerciais. Em média, a empresa exporta cerca de 30 contêineres para países como Estados Unidos, Canadá e México, o que representa 40% da movimentação financeira das exportações. Já a Grendene, que possui estratégia de exportação consolidada e tem nas fábricas cearenses o equivalente a 98% da produção total, deve trazer a maioria dos 89 empresários estrangeiros com agenda confirmada durante a Copa do Mundo para visitar a unidade de Sobral, pelo que contou o gerente de Exportações Alexandre Gastaldello. As excursões, inclusive, começam hoje (13), quando empresários chineses estarão no Ceará. “O objetivo, claro, é aumentar nosso volume de negócios e fazer com que eles nos conheçam melhor, sobretudo nossas unidades do Nordeste”, diz Gastaldello, ao citar agenda confirmada com empresários da “China, Colômbia, Peru, Polônia, Malásia, Rússia, Dinamarca, Espanha, Itália e outros mais”, completa o gerente. Montante 3 bilhões de dólares é o valor que os empresários cearenses esperam superar em exportações de produtos locais, como o melão Armando de Oliveira Lima Repórter Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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