Cipp demandará 38 mil trabalhadores em 2016

No que depender do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), os cearenses que estiverem devidamente qualificados terão diversas oportunidades nos próximos dois anos. Em 2016, por exemplo, a estimativa das 11 organizações que estão operando ou se encontram em fase de pré-operação no local é que a demanda por mão de obra seja de 38.270 trabalhadores. As ocupações serão as mais diversas e poderão empregar tanto os cearenses com ensino superior, como também aqueles que dispõe de curso técnico. Para se ter uma ideia, só na engenharia são esperados 274 profissionais em 2016. Além disso, 94 técnicos de controle de produção e outros 13.237 ajudantes de obras civis devem estar empregados no Cipp daqui a dois anos. Os dados constam no documento “Cenário Atual do Complexo Industrial e Portuário do Pecém”, que será apresentado nesta sexta-feira (16), na Assembleia Legislativa do Estado. “Trata-se um trabalho desenvolvido ao longo de dois anos, que engloba aspectos ambientais, sociais, econômicos e políticos do Cipp”, explica o deputado estadual Lula Morais, que também é presidente do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia, que coordenou a elaboração do documento. “Para se ter o máximo de produtividade e o mínimo de perdas, o Complexo do Pecém precisa ser entendido em toda a sua multiplicidade”, complementa. O estudo também traça sete desafios a serem vencidos pelo Cipp, como a definição de gestão. Qualificação Para o diretor da promoção do trabalho do Sine/IDT, Antenor Tenório, os trabalhadores cearenses terão que correr contra o tempo para atenderem as demandas do Cipp. “A mão de obra local não estava preparada para esse ‘boom’, até porque aquela região não tinha esse perfil. E como o setor privado não vai esperar o poder público qualificar essas pessoas, haverá muita gente vindo de outros municípios e estados, como Bahia e Pernambuco, que já possuem experiência nesse ramo”, opina. Antenor afirma, porém, que o Estado está fazendo de tudo para oferecer cursos voltados às demandas do Cipp. “O Senai e o Senac ajudarão bastante”, diz. Áquila Leite Repórter Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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