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Ceará inicia fevereiro com 10 açudes sangrando e registra maior volume de água da última década

Foto: Divulgação/ Governo do Ceará

O Ceará começou fevereiro com 10 açudes sangrando e outros quatro próximos da capacidade máxima, conforme o monitoramento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), divulgado nesta terça-feira (5). O volume total armazenado nos 157 reservatórios monitorados atingiu 43,96% da capacidade, um avanço significativo em relação ao mesmo período de 2024, quando o índice era de 36,90%.

Açudes que já transbordaram

Os dez açudes que ultrapassaram a capacidade total estão distribuídos em oito municípios cearenses:

  • Arrebita (Forquilha) – 18,53 hm³
  • Carmina (Catunda) – 13,19 hm³
  • Forquilha (Forquilha) – 50,13 hm³
  • Jenipapo (Meruoca) – 4,94 hm³
  • Caldeirões (Saboeiro) – 1,24 hm³
  • Gerardo Atimbone (Sobral) – 6,10 hm³
  • Santo Antônio de Aracatiaçu (Sobral) – 24,34 hm³
  • São Pedro Timbaúba (Miraíma) – 15,77 hm³
  • Do Batalhão (Crateús) – 2,77 hm³
  • Sucesso (Tamboril) – 7,13 hm³

Além desses, outros quatro reservatórios estão acima de 90% da capacidade e próximos de sangrar:

  • Acaraú Mirim (Massapê)
  • Patos (Sobral)
  • Germinal (Pacoti)
  • Cachoeira (Aurora)

Situação do Castanhão e demais açudes

O Açude Castanhão, o maior reservatório do estado, registra 27,47% da capacidade total, uma melhora em relação ao mesmo período de 2024, quando estava em 22,97%. Esse aumento acompanha a tendência de recuperação hídrica no Ceará.

Atualmente, 34 açudes estão com volume inferior a 30%, um número inferior ao registrado no início de fevereiro de 2024, quando 50 reservatórios estavam abaixo desse patamar.

Ceará atinge maior volume de água em açudes dos últimos 10 anos

No dia 1º de fevereiro de 2025, o Ceará registrou um volume acumulado de 44,04% da capacidade dos reservatórios, o maior índice da última década para o início da quadra chuvosa. Em 2015, o armazenamento era de 18,24%, caindo para um nível crítico em 2017, quando atingiu apenas 6,22%.

Nos últimos anos, o cenário começou a mudar, com uma recuperação progressiva, atingindo 37,10% em 2024 e ultrapassando 44% em 2025.

Chuvas intensas impulsionam recuperação hídrica

A recuperação hídrica tem sido impulsionada por chuvas acima da média. Janeiro de 2025 foi o mais chuvoso dos últimos 14 anos, registrando 194,2 mm, um índice 94,5% acima do normal.

As precipitações foram intensificadas por fenômenos meteorológicos como:

Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN)
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)

No dia 15 de janeiro, o estado atingiu uma média de 62,2 mm de chuvas em um único dia, um dos maiores registros dos últimos anos.

Expectativas para os próximos meses

A quadra chuvosa no Ceará ocorre entre fevereiro e maio, sendo essencial para a recarga dos reservatórios. A expectativa é que mais açudes transbordem nas próximas semanas, reforçando a segurança hídrica do estado e garantindo o abastecimento da população.

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Zeudir Queiroz