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Castanhão tem 8% da sua capacidade

O atual volume do Castanhão, maior reservatório do País, tem o seu pior volume de água dos últimos 12 anos, alerta a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) ( FOTO: FABIANE DE PAULA )
O atual volume do Castanhão, maior reservatório do País, tem o seu pior volume de água dos últimos 12 anos, alerta a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) ( FOTO: FABIANE DE PAULA )

A escassez de chuvas no Ceará vem afetando de forma severa os açudes, inclusive o Castanhão, o maior do País. Ontem, seu volume apresentava apenas 8.89% de sua capacidade total, segundo boletim da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), sendo o pior índice registrado em 12 anos, de acordo com o órgão. O volume médio dos reservatórios chegou a apenas 12,7% e dos 153 monitorados pela Companhia, 120 estão com volume inferior a 30%. Com a possibilidade de chuvas ainda menor para o segundo semestre do ano, uma das ações em fase de estudo é o aumento da tarifa de contingência, que atualmente é de 10%.

Se aprovada, o consumo em Fortaleza e Região Metropolitana deve ser reduzido em até 20% A informação foi dada pelo presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, que enfatizou estar em andamento a elaboração do Plano de Contingência da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) destinado à Capital e Região Metropolitana. “Esse plano deverá trazer um plano de controle com metas e isso está sendo discutido com o setor de recursos hídricos e de saneamento. A Cagece tem o compromisso com a Acfor (Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de Saneamento Ambiental) para entregar esse plano no mês de junho”, destacou João Lúcio.

Para o gestor, o volume dos reservatórios é preocupante, tendo ficado ainda menor que o registrado ao fim da quadra chuvosa de 2015, um pouco mais de 19%. Pelo cenário, diz, foi realizado um programa de ação para liberação da água, que prioriza o abastecimento humano nos volumes mais críticos. “A grande maioria está com esse foco no momento, portanto tem uma redução muito forte das atividades agrícolas e pecuárias, tendo repercussão na economia”.

A restrição na atividade de irrigação no Vale do Jaguaribe também é apresentada pelo presidente da Cogerh como uma das ações em curso, água essa que é reservada para o abastecimento da região. Na área oeste da Bacia Metropolitana, serão iniciadas, no começo do segundo semestre, ações de aproveitamento do campo de dunas, por meio de um estudo de reserva de água entre os municípios de Pecém e Paracuru. “Vamos iniciar a construção de 42 postos para reforço na área. Outra ação é o aproveitamento das águas do açude Maranguapinho. E está em fase de conclusão o reúso das águas da lavagem dos filtros do Gavião, que antes não era aproveitada”.

Economia

João Lúcio Farias reforça, ainda, a colaboração por parte da sociedade diante do cenário, atentando para um uso racional da água visando uma maior economia possível, mantendo, assim, a reserva nas bacias. Atualmente, as que estão com maior aporte, conforme levantamento da Cogerh, são: Coreaú, com 45,49%, Litoral, com 43,37% e Alto Jaguaribe, com 29,61%. Já as piores são: Sertões de Crateús, com 4%, Banabuiú, com 3,06% e Curu, com aporte de 2,94%.

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/

Zeudir Queiroz