Câmara de Juazeiro-CE: Sem acordo entre vereadores e ocupantes sessão não acontece

Depois de encontrarem a porta principal da Câmara fechada e os manifestantes irredutíveis na posição de não liberar o acesso pela mesma e sim pelo corredor lateral da casa, os vereadores de Juazeiro do Norte, acabaram não entrando para o plenário da Casa, onde seria realizada a sessão ordinária dessa quinta-feira (12). Diante da situação, os vereadores ficaram reunidos por mais de 2 horas com representantes do movimento e da Defensoria Pública para encontrar uma saída para o impasse. Participaram da reunião a advogada Gabriela Ruiz e o estudante João Barbosa, representando o movimento, os defensores Heitor Gadelha e Rafael Vilar, além dos vereadores. Segundo Gabriela Ruiz, a manutenção do isolamento da entrada principal foi pensada para a segurança dos que estavam dentro do plenário. “O movimento estava aberto e manteve o momento pensado para os vereadores e secretários. Eles é que não quiseram ter acesso pela lateral do prédio,” disse. A representante jurídica do movimento, exemplificou ainda que em outros momentos manifestantes foram agredidos por policiais, o que teria motivado a decisão. Os vereadores foram ao plenário e retransmitiram o posicionamento tirado na reunião, mas destacaram que não falavam pela presidência (Foto: Chinês/Agência Miséria) O posicionamento dos vereadores foi de que a medida de interromper o acesso pela porta principal foi desnecessária, já que, havia a garantia de que a polícia não invadiria o local. Os vereadores Normando Soracles (PSL) e Cláudio Luz (PT) foram ao plenário e retransmitiram o posicionamento tirado na reunião. Apesar de retransmitir o posicionamento fechado em reunião, eles destacaram que não falavam pela presidência. Sobre uma possível desocupação, o defensor Rafael Vilar esclareceu que o presidente da Câmara pode entrar com uma demanda reintegratória para reaver o prédio. Mas, ele destacou que o sentido de ambos os lados é o diálogo. “Para a defensoria, o dialogo é a parte mais importante e o melhor para sociedade,” disse Rafael. Os defensores públicos foram convocados pelo movimento para assegurar a liberdade de manifestação e a integridade dos manifestantes. Após muitas discussões, foram tiradas algumas pautas, tanto pelos vereadores, quanto pelos representantes do movimento, para serem analisadas e depois reapresentadas em nova reunião que deve acontecer nessa sexta-feira (13). Fonte: Miséria
Zeudir Queiroz

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