A radiação pode afetar o trabalho de astronautas e também interferir no funcionamento de satélites de comunicação, com efeitos perceptíveis na qualidade de sinal da internet.
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informou que o Centro de Previsões de Clima Espacial, no Colorado, conseguiu observar uma erupção no sol no último domingo.
O campo magnético da Terra já está afetado por uma ejeção de massa da coroa solar, após uma erupção ocorrida na superfície do Sol na quinta-feira, 19 de janeiro, segundo os astrônomos. A agência governamental afirmou que a tempestade ganha força e uma onda de radiação se dirige rapidamente à Terra.
´Devido a esse fenômeno é quase certo que haverá uma tempestade geomagnética´, ressaltou um comunicado da NOAA. ´A labareda solar associada alcançou sua máxima altura no dia 23 de janeiro´, acrescentou.
Um modelo informático feito pelo Centro de Previsões aponta que esta onda da tempestade concentra seu maior efeito no campo magnético da Terra nesta terça. A radiação interfere com o funcionamento dos satélites e é um inconveniente em particular para os astronautas no espaço.
Labareda tardia – A agência espacial norte-americana (Nasa, na sigla em inglês) informou, em recente comunicado, que 15% das explosões solares têm distintas ´fases de labareda tardia´ que não tinham sido observadas e que podem ajudar a prever o fenômeno que explode rumo à Terra desde o Sol.
O Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla também em inglês) da Nasa analisou 191 explosões solares desde maio de 2010 e descobriu que algumas das erupções têm uma fase tardia alguns minutos ou horas depois de começar, além de produzirem muito mais energia no espaço do que se acreditava até então.
– Estamos começando a ver todo tipo de coisas novas. Vemos um grande aumento nas emissões, desde meia hora a várias horas depois (da origem da explosão) que às vezes é maior que a emissão das fases originais da labareda – disse Phil Chamberlin, subdiretor cientista do projeto do SDO.
Chamberlin explicou que foram registrados casos nos quais, se fossem medidos apenas os efeitos da erupção principal, seria subestimada 70% da quantidade de golpes de energia recebida pela atmosfera terrestre. Uma análise mais detalhada da quantidade de energia depositada na atmosfera terrestre poderá ajudar os cientistas a quantificar a energia que o sol produz quando entra em erupção.
– Durante décadas, medíamos as erupções através do pico dos raios X. Mas começamos a ver que os picos não correspondiam aos dados e pensamos que era uma anomalia ou que algum de nossos instrumentos estava falhando – afirmou Tom Woods, cientista espacial na Universidade do Colorado. No entanto, à medida que confirmaram os dados com outros instrumentos, observaram que os padrões se repetiam ao longo dos meses, no Sol.
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