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O Ministério do Turismo e Antiguidades do Iraque confirmou que membros do grupo terrorista Estado Islâmico demoliram o sítio arqueológico de Nimrud, perto da cidade de Mossul, no Iraque, usando veículos militares pesados.
A funcionária local, Balquis Taha, disse que esta cidade assíria tem “tesouros arqueológicos de incalculável valor”. se mostrou especialmente preocupada pelo destino das estátuas de touro alados, das quais existem duas no sítio arqueológico, que data do século 13 antes de Cristo.
Taha denunciou que a organização terrorista trata de “maneira bárbara e imoral” as antiguidades e não respeita o patrimônio iraquiano.
Por isso, pediu para a comunidade internacional “intervir para salvar o patrimônio cultural de Mossul”, capital de Ninawa.
Nimrud, conhecida na Bíblia como Kalakh, foi uma das capitais do Império Assírio, fundada há mais de 3.300 anos. Fica à margem do rio Tigre, a 30 km de Mossul, a grande cidade do norte do Iraque, controlada pelo EI desde junho do ano passado.
A cidade arqueológica é a principal do Iraque, segundo Taha, que expressou a grande preocupação de seu comitê diante do que está ocorrendo e seus temores de que aconteçam mais ataques.
O Ministério de Turismo e Antiguidades informou ontem à noite que os jihadistas empregaram maquinaria pesada para arrasar Nimrud, e solicitou ao Conselho de Segurança da ONU que realize uma reunião urgente sobre a questão.
A Unesco criticou e condenou nesta sexta-feira a destruição, considerando o ato como de “crime de guerra”.
“Condeno com a maior firmeza a destruição do território de Nimrod”, afirma a diretora da Unesco, Irina Bokova, em um comunicado.
“Não podemos permanecer em silêncio. A destruição deliberada do patrimônio cultural constitui um crime de guerra. Faço um apelo a todos os dirigentes políticos e religiosos da região para que atuem contra este novo ato de barbárie”, completou.
Bokova destacou ter informado o presidente do Conselho de Segurança da ONU e o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional sobre o tema.
Ela apelou ao conjunto da comunidade internacional por uma “união de esforços para interromper a catástrofe”.
“A limpeza cultural de que é objeto o Iraque não para diante de nada nem de ninguém: tem como objetivo a vida humana e as minorias, além de ser acompanhada pela destruição sistemática de um patrimônio milenar da humanidade”, destacou Bokova.
Segundo o ministério iraquiano do Turismo, o grupo EI começou na quinta-feira a destruir as ruínas assírias de Nimrod, poucas horas depois da divulgação de um vídeo no qual os jihadistas mostram a destruição de esculturas pré-islâmicas de valor incalculável na região norte do Iraque.
Fonte: Portal Terra