Assembleia da WMA no Ceará

Líderes da Associação Médica Mundial (World Medical Association – WMA), reunidos em Caucaia (CE), de 16 a 19 de outubro, discutem questões de relevância para cada médico do mundo todo. Representantes de associações médicas nacionais debaterão desde a pesquisa em medicina à criminalização da prática médica, da pena de morte à violência contra profissionais da saúde. Como Presidente do Conselho da WMA e clínico geral em Melbourne, Austrália, eu sei o quão importante esses debates são para a profissão médica em todo o mundo. Há alguns anos, a profissão tem estado sob uma crescente pressão por parte de governos em todo o mundo, com a intenção de minar a autonomia médica. Este será um dos principais pontos de discussão na reunião do Brasil. A WMA se opõe fortemente a qualquer tentativa de abafar a voz dos médicos, porque no final são os pacientes que sofrerão. Ética médica tem sido foco da WMA desde que a Associação foi criada em 1947. A Associação desenvolveu a Declaração de Helsinki como um conjunto de princípios éticos para a pesquisa médica envolvendo seres humanos, incluindo a pesquisa com material e dados humanos identificáveis. Isto se tornou um marco da pesquisa médica em todo o mundo e, embora dirigida primariamente aos médicos, é relevante para todos envolvidos em pesquisa médica com seres humanos. Na assembleia do Brasil, os líderes da WMA irão debater revisões propostas para a Declaração que levam em conta mudanças na ciência e na ética médica. Outras duas questões importantes serão discutidas: doenças não transmissíveis e os determinantes sociais da saúde. A carga global causada por doenças não transmissíveis e seus fatores subjacentes, como uso do tabaco, alimentação não saudável, sedentarismo e uso nocivo do álcool, tornaram-se temas para consideração urgente. No centro de todos os debates está a necessidade de garantir a segurança do paciente e a qualidade do atendimento como foco da prática médica. Para os pacientes, um elevado nível de desempenho pode ser uma questão de vida ou de morte. Mukesh Haikerwal Presidente da Associação Médica Mundial (World Medical Association/WMA) O Povo  
Zeudir Queiroz

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