Depois de duas tentativas de impedir na justiça os trabalhos da Comissão Processante, sem sucesso, tudo indica que a defesa do presidente afastado da Câmara de Juazeiro do norte, vereador Antônio de Lunga (PSC), terá mesmo que encarar a votação política da Casa que pode cassar ou não o mandato do parlamentar.
O caso das vassouras, escândalo que ganhou repercussão nacional, terá seu parte do seu desfecho numa votação secreta, onde cada vereador terá 15 minutos para se pronunciar e o processado 2 horas para fazer a sua defesa. Durante todo o processo, o presidente afastado, jamais se pronunciou. A expectativa é que ele permaneça em silêncio.
O presidente afastado vai ser julgado nessa quinta-feira, 05 de dezembro, em sessão extraordinária. Segundo o presidente em exercício, vereador Darlan Lobo (PMDB), a sessão ordinária será rápida para que seja dedicado mais tempo ao tema principal do dia.
Durante todo o processo, o advogado Paolo Giorgio Quezado Gurgel e Silva, representante de Antônio de Lunga, sustentou a tese de nulidade do processo. Para o advogado, a falta de um parecer da comissão, após defesa prévia do processado sobre o arquivamento ou admissão, além da falta de tipificação, mostra que o processo teve algumas fases obrigatórias que foram esquecidas.
O relator da Comissão, vereador Tarso Magno (PR), continua assegurando que todos os tramites foram seguidos, sendo garantido o amplo direito de defesa.
Detalhes de bastidores
Mesmo muitos apostando que o prefeito não entraria “no jogo” e deixaria a Câmara resolver o problema, as ações de bastidores dizem o contrário. Na manhã dessa quarta-feira (04), um articulador do grupo político do prefeito Raimundo Macedo, convocou a base aliada para uma conversa. Na pauta a votação dessa quinta-feira (05) na Câmara.
O representante trazia consigo a solução para o caso. Segundo ele, Antônio de Lunga vai encaminhar um pedido de renúncia da presidência da Casa, mas deve continuar vereador. Para isso, a base precisa se dividir entre votos em brancos e contrários ao parecer da Comissão.
Para cassar Antônio de Lunga são necessários dois terços dos vereadores, ou 14 votos favoráveis ao parecer. Caso a informação da reunião se confirme, o parecer não terá o número necessário de votos. Ou seja, se depender da Câmara, Antônio de Lunga continua vereador e Darlan Lobo segue como presidente da Casa.
Fonte: Ceará News7
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