O presidente da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), Eliezer Afonso, disse ontem ao O POVO que a organizada vai recorrer da punição. Segundo Eliezer, até as 16h de ontem, a torcida ainda não havia sido notificada da punição e teve conhecimento por meio da imprensa.
“Quando recebermos, vamos recorrer. A punição em si tem que ocorrer, só que achei (três meses) muito pesado, são muitos dias”, reclama. Ainda segundo Eliezer, o torcedor preso em flagrante com bomba caseira no PV, no último domingo, não está entre os cadastrados da TUF e também não usava blusa da organizada no momento da prisão, o que tornaria a punição ainda mais injusta. “Quando ele foi preso, atribuíram que ele é da TUF pelo local que a gente fica. Como se tudo de ruim que acontece ali fosse a TUF. É complicado. O estádio é público, o torcedor fica onde quiser”.
Tanto Eliezer Afonso como o diretor de marketing do Fortaleza, Fábio Mota, fizeram duras críticas à Polícia Militar pelos episódios ocorridos. “O principal culpado foi o major George Benício, mostrando sua total incapacidade. O Fortaleza já solicitou que a torcida visitante aliada do nosso rival, como já havia sido a do CRB e agora a do Paysandu, ficasse do lado oposto às organizadas do Fortaleza. O major fez ouvido de mercador”, acusou Mota.
O comandante de eventos da Polícia Militar, major George Benício, afirma que o efetivo de policiais era o ideal para o jogo e que as acusação são “tentativas de mudar o foco” do problema. “Adotamos as medidas sabendo que era jogo complicado, segundo o plano de ação apresentado pelo Fortaleza. Mas o problema não foi a torcida visitante, foi a local. Agora querem culpar a PM e desviar o foco”, afirma. (TJ)
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