MPF denuncia esquema que falsificava documentos de atletas cearenses

Nesta quinta-feira (9), o Ministério Público Federal de Juazeiro do Norte propôs uma ação penal contra um grupo de pessoas acusadas de participação em um esquema de falsificação de documentos de jovens jogadores de futebol no estado do Ceará. De acordo com o MPF, no esquema, era realizado o processo conhecido como “gato”, no qual os atletas tinham suas idades reduzidas em alguns anos, o que facilitava a negociação dos jovens com clubes de todo o Brasil e até do exterior. Dentre os denunciados está o ex-dirigente do Icasa, Kleber Lavor, que atualmente está no Guarani de Juazeiro. De acordo com as investigações do MPF, Kleber Lavor seria o responsável por fazer contatos com os clubes para negociar os atletas e é considerado o chefe da quadrilha. Em entrevista, Lavor – que é diretor de futebol do Guarani de Juazeiro – negou qualquer envolvimento com o o esquema. “”Eu não tenho nada a ver com isso. Nunca passaram por mim, nenhum desses jogadores. Passei dez anos no Icasa e nunca algum desses jogadores atuaram lá”, disse ao Portal Esportes O POVO. CLUBE CEARENSE DENTRE OS ENVOLVIDOS Segundo o MPF, as investigações concluíram que o Fortaleza está entre os clubes que negociou com atletas de idades reduzidas. Além do Tricolor cearense, ABC/RN, Bahia, Atlético/PR, Corinthians/SP, e também clubes do exterior, especialmente do futebol italiano e espanhol, também teriam sido enganados. Para o procurador da República Celso Leal, autor da ação penal, só os envolvidos nos esquemas lucravam com a venda dos passes dos jogadores, “iludindo os clubes que adquiriam os atletas, pois pensavam que estavam contratando jovens jogadores promissores, quando na verdade se tratavam de jogadores com idades reais muito superiores às das informadas aos clubes”. (André Almeida, com informações do repórter André Victor Rodrigues) Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

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