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Fortaleza empata com Quixadá e se complica no estadual

Everton lamenta chance perdida, sem goleiro, ainda no primeiro tempo FOTO: KIKO SILVA
Everton lamenta chance perdida, sem goleiro, ainda no primeiro tempo
FOTO: KIKO SILVA

Mesmo apresentando o seu maior volume de jogo no atual Campeonato Cearense, o Fortaleza não teve a competência de concluir em gols as várias chances criadas contra o Quixadá, na noite de ontem no PV.

Foi o quinto jogo do Leão, um a mais que os outros adversários do Grupo A1 do Estadual. Agora, o Tricolor terá pela frente, o São Benedito, no Domingão, o Icasa no PV e o Horizonte também no Domingão, quando muito provavelmente terá de vencer os três jogos para se classificar.

O 0x0 frente ao Canarinho do Sertão, mesmo placar do primeiro confronto entre os dois times em Iguatu, bem que poderia ser diferente, caso os meias e atacantes leonino tivessem maior capricho nas finalizações. Nem eles tiveram o tal capricho, nem o goleiro Rafael permitiu, com defesas salvadoras para a sua equipe.

O sistema tático do Tricolor, com cinco no meio de campo foi confrontado por um esquema 5-3-2 e às vezes 3-6-1 do Quixadá, que armou uma retranca quase intransponível.

Difícil para o time de Nedo Xavier era sair desse ferrolho defensivo do adversário, com poucas opções ofensivas. O Tricolor é um time que tem se notabilizado por ter vários meias e praticamente apenas um atacante: Cássio.

E se desgraça pouca é bobagem, conforme ditado popular, o centroavante Cássio deixou o gramado aos 29min do 1º tempo, sentindo uma fisgada na coxa. Em seu lugar, entrou Márcio Diogo, que ainda não conseguiu mostrar o bom futebol que apresentou no Sampaio Corrêa.

O meia-atacante Maranhão, destaque do jogo anterior, contra o Horizonte, foi muito marcado e não produziu o esperado. O meia Everton apresentou evolução no seu futebol, criando situações de gol, mas também entrou no mesmo desespero dos demais, na hora de finalizar as jogadas em gol.

A afobação, a vontade de resolver tudo sozinho, a precipitação nas finalizações, o erro de pontaria ao chutar para o gol, tudo isso somado atrapalhou demais o Fortaleza, que saiu de campo vaiado pela sua própria torcida.

O time mostrou que se ressente de pelos menos mais dois atacantes de qualidade, afora um meio-campista organizador de jogadas, além de Everton.

Qualidade e não caminhão de atleta

O técnico do Fortaleza, Nedo Xavier, disse ontem que está precisando de mais alguns reforços de qualidade para que possam dar o diferencial do seu time, que está na terceira posição do Grupo A1, com classificação ainda incerta à próxima fase.

“Nós precisamos de qualidade nos reforços e isso é difícil de trazer. Diariamente é oferecido um caminhão de jogadores, mas que não virão resolver nossos problemas”, disse Nedo.

O treinador reconheceu que seu time criou situações de gol, faltando finalizar com propriedade e mais pontaria. “A torcida fica chateada e protesta, com razão porque ainda não tivemos uma vitória convincente, mas essa vitória ainda virá. O que temos que fazer e é trabalhar, buscando regularizar os jogadores que ainda faltam. No setor de ataque, quando o Lúcio Maranhão for regularizado, vai dar um maior poder de fogo ao nosso time”, comentou Nedo.

O treinador lamentou que agora tenha dois atacantes machucados, Cássio e Romarinho e outro sem regularização ainda, no caso Lúcio Maranhão.

Ivan Bezerra
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz