Um pedido de vista adiou para semana que vem a votação da proposta que regulariza cassinos e bingos no país.
O assunto é estudado há cerca de oito meses em uma comissão especial da Câmara, onde 14 projetos de lei propõem a regulamentação das atividades de cassinos, casas de bingo, jogo do bicho e outras modalidades de aposta hoje proibidas, como as máquinas caça-níquel e os jogos online (PL 442/91 e apensados).
O parecer do relator, deputado Guilherme Mussi (PP-SP), reúne os textos numa proposta final e cria o “Marco Regulatório dos Jogos no Brasil”.
Modificações na proposta
Para o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), um dos que pediu vista para analisar e propor modificações na proposta, o relatório não deveria restringir a regulamentação de algumas modalidades de jogo a apenas alguns estados.
“Nós temos 220 mil brasileiros que saem para jogar fora do país, e temos 2,5 bilhões de pessoas no planeta que jogam. Nós não podemos fazer uma regulação de jogos que não atinja a todos. Os estados têm os mesmos direitos, se o investidor quiser investir no Acre ou no Amapá, o dinheiro é dele, ele que vá investir. Por que vamos condicionar só ao estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia?”
Mas o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), contrário à liberação dos jogos, argumenta que o dinheiro desse setor sairia da renda dos mais pobres.
“Eu e muitos brasileiros estamos bastante preocupados com essa voracidade. Achar que vai arrecadar 25 bilhões, quase meio por cento do PIB brasileiro, de uma atividade que vai devorar o dinheiro da comida, dos artigos básicos da família, roupa, comida e lazer das famílias. Estou estranhando muito todo esse entusiasmo.”
O presidente da comissão especial sobre o marco regulatório dos jogos, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), informou que votação da proposta deve ocorrer na próxima quarta-feira. (Agência Câmara de Notícias – Marcello Larcher)
Fonte: http://www.bnldata.com.br/
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